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Quase nove anos depois, onde estão e o que fazem os quatro réus da Kiss

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

A menos de duas semanas para o começo do júri do caso Kiss, os quatro réus do processo adotam diferentes medidas diante da exposição. A reportagem do Diário tentou contato com as defesas de Elissandro Spohr (o Kiko), Mauro Hoffmann, sócios da boate, e Marcelo de Jesus e Luciano Bonilha Leão, integrante e roadie da banda Gurizada Fandangueira, que tocava na Kiss na madrugada do incêndio.

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Luciano foi o único que recebeu a reportagem, no apartamento onde mora em Santa Maria. Marcelo foi orientado pela própria defesa a não se manifestar antes do júri, mas a advogada dele, Tatiana Borsa, concedeu entrevista. Elissandro falou ao Diário pela primeira vez, sob a condição de que a entrevista fosse por texto, por meio da assessoria de comunicação, e publicada da forma que foi enviada, adequada apenas ao espaço disponível.

Por decisão pessoal, Mauro decidiu não atender a imprensa antes do júri. Os advogados que o representam, Bruno Seligman de Menezes e Mário Cipriani, falaram, mas evitaram detalhes sobre a vida pessoal do sócio da boate Kiss.

O CASO
Os quatro réus respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos). Inicialmente, o desaforamento (transferência de local) foi concedido a três dos quatro réus - Elissandro, Mauro e Marcelo. Luciano foi o único que não manifestou interesse na troca (o julgamento chegou a ser marcado em Santa Maria) mas, após o pedido do Ministério Público, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou que ele se juntasse aos demais e os quatro fossem julgados na mesma data.

O julgamento foi transferido para a Capital por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Jean Pimentel (Arquivo/Diário)
Marcelo de Jesus dos Santos em audiência em Santa Maria no ano de 2015

Marcelo, ex-vocalista do grupo, passa a maior parte do tempo em casa
O ex-vocalista da banda que tocava na Kiss no momento do incêndio é acusado por ter segurado o equipamento que começou o incêndio. Aos 41 anos, ele vive na mesma casa, em Santa Maria, com a esposa e as duas filhas.

Além de músico, Marcelo atuava como azulejista. A profissão seguiu depois de janeiro de 2013. No ano passado, porém, contraiu Covid-19 em julho e ficou 30 dias internado. A condição respiratória, desde o incêndio, é comprometida devido à fumaça. Com a doença, ficou debilitado e manteve a fisioterapia até então. Marcelo diz que já tomou as duas doses da vacina contra a doença.

Segundo a advogada Tatiana Borsa, que o representa no caso atualmente, ele passa os dias em casa e sai apenas para ir à fisioterapia e compromissos médicos. Na residência, faz os serviços domésticos.

- Ele não andou mais no Calçadão de Santa Maria. Nunca mais foi. O Marcelo não sai sozinho. Nunca foi agredido ou ameaçado por alguém na rua. Pelo contrário, quando as pessoas reconhecem ele, uma mãe, inclusive, pediu para dar um abraço nele. Compreendem a posição dele de músico - conta a advogada.

A reportagem tentou contato diretamente com Marcelo. Ele disse que não daria entrevista por escolha e orientação da defesa. O réu contou, ainda, que concedeu uma entrevista no último mês, mas contrariado, e que quer focar só no processo. A postura é reforçada também pela procuradora do réu.

- Prestes a chegar ao júri, a gente tem se falado todos os dias. Mais de uma vez por dia. Na expectativa de acontecer esse júri. É só isso que ele quer. Ele me diz: "doutora, a minha vida parou" - relata Tatiana.

Além de Luciano, Marcelo é o único dos réus que permaneceu em Santa Maria. Apesar de evitar o contato com o "mundo externo", ele ainda mantém redes sociais. Conforme a advogada, o réu tenta se afastar, ainda que monitore alguns comentários de internautas sobre a tragédia:

- Ele se mantém mais afastado. Ele olha, mas evita. Agora, é uma sugestão que eu dei: "Se tiver que olhar, liga para mim". Ele não se vitimiza, mas sente a dor dos pais.

O que Marcelo relata à advogada é que já se sente sentenciado. Mesmo assim, ele torce para que o júri chegue logo.

- O Marcelo está com a expectativa de acabar isso. Para ele voltar a viver e ter uma vida. Ele diz: "As pessoas acham que, condenando, vai passar isso. Eu já estou condenado. Sempre vou ser o Marcelo da Kiss". Ele diz que dorme e acorda pensando nisso. Ele diz: "Eu estou morto. Entendo os pais porque eu sou pai". Ele diz que nem dorme, que só vai acabar quando acabar o júri - relata.

O argumento da defesa é semelhante ao dito pelos demais réus. Eles atribuem a responsabilidade aos órgãos públicos. Diferentemente do que disse Luciano, porém, a representante de Marcelo isenta os donos da boate:

- Eu acho que foi uma fatalidade. A maior responsabilidade é de quem está acusando. Quem está acusando devia estar no banco dos réus. O poder público devia ter impedido que a casa abrisse. É muito mais fácil acusar "os mais fracos", do que se responsabilizar. A casa não era para estar aberta. Tenho certeza que o Kiko (Elissandro) jamais queria que acontecesse essa tragédia. O Marcelo muito menos.

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Luciano Bonilha Leão recebeu a reportagem do Diário no apartamento em que mora

Em Santa Maria, Luciano retomou os trabalhos e segue na área dos eventos
O único dos réus que queria ser julgado em Santa Maria ainda vive na cidade. Há quatro meses, ele mora em um apartamento no Bairro Nossa Senhora Medianeira. Desde o final de 2013, Luciano retomou o trabalho com eventos, principalmente sonorização.

- Tenho uma empresa de sonorização e trabalho para outras como freelancer. Comecei três meses antes de começar como roadie da banda (Gurizada Fandangueira). Fiquei um ano sem trabalhar, depois voltei. A primeira festa que toquei foi uma formatura de Direito. De surpresa, a primeira mesa era com os delegados que tinham trabalhado no caso. Eu tive que ser forte para mostrar quem é o Luciano. E sigo. As pessoas me conhecem. Todo cidadão tem uma história, e a minha sempre foi de alguém que trabalha - conta.

Aos 43 anos, Luciano atravessou a pandemia com dificuldade de trabalhar, já que o setor de eventos foi afetado por restrições. Ele não teve Covid-19 e já tem o esquema vacinal completo. O produtor chegou a participar de protestos que pediram flexibilização das regras, porém, o comentário é breve, e retoma o assunto da Kiss:

- A pandemia foi complicada. Não pensei muito. Mas sofro com a situação da boate. Me deixa triste porque, há quase nove anos, tento trazer minha verdade.

A "minha verdade" para Luciano é que ele não teve intenção pelo que aconteceu. Seguidamente durante a entrevista, o produtor relembra como tinha respaldo nos trabalhos que fazia antes de 2013. Ele atuava como motoboy e enfatiza que mantinha confiança de contratantes.

Entre os quatro réus, é o único que não convocou testemunhas para o júri. Ele atribui isso aos representantes que o defendiam antes. Foi aí que ele rompeu com os advogados, e Jean Severo assumiu a representação.

O produtor diz não ter receio de viver em Santa Maria e que sofreu apenas uma represália desde o incêndio, em 2020.

- Eu não saí da minha casa para tirar a vida de ninguém. Não saí da Kiss para ser indiferente. Eu vivo em Santa Maria. O único lugar em que tive uma represália foi em 2020 em um shopping. Eu presto serviço para uma empresa todo Natal, e eles pediram que eu não fizesse o serviço lá, porque tinha pessoas que não achavam direito eu trabalhar lá. Mas, no geral, faço eventos em todos os lugares. E as pessoas me acolhem, no Calçadão, por toda Santa Maria - diz.

Os responsáveis, para ele, pelo incêndio em janeiro de 2013, não estão todos no processo como réus. Ele considera "negligentes" os donos da boate. E também atribui responsabilidade aos órgãos fiscalizadores:

- Não consigo entender uma boate a três quadras da prefeitura, bem visitada, não ter um extintor. Não tinha uma esponja adequada para isolamento acústico. Os órgãos públicos, por que não são responsáveis? O anseio da sociedade é esse, falta gente no banco dos réus - falou, fazendo referência à entrevista delegado Marcelo Arigony ao Diário, na última quarta-feira.

Prestes a sair para um trabalho, Luciano finaliza a entrevista mencionando a tristeza em ser réu de uma tragédia:

- Saí de casa, vi tudo aquilo. Pedi a Deus que me tirasse de dentro. Consegui me restaurar, ajudei a tirar pessoas. Eu não queria isso. Jamais entraria para botar a vida de qualquer um em jogo.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo/Diário)
Mauro Hoffmann em um casamento, em Santa Maria, no ano de 2015

Recluso, sócio da boate Mauro Hoffmann evita aparecer e dar entrevistas
Entre os quatro réus, Mauro Hoffmann é o mais recluso. Fontes do Diário afirmaram que ele estaria morando em Santa Catarina. A informação não foi confirmada pela defesa. Na época do incêndio, ele tinha 47 anos.

Na entrevista, os advogados Bruno Seligman de Menezes e Mário Cipriani afirmam que não podem falar sobre a vida pessoal do cliente, e isso é um acordo com o próprio réu. Os dois demonstram destreza ao falar sobre o processo e o posicionamento da defesa. O entrosamento contribui para que as falas dos dois fluam e um complete o outro em sequência.

- Nós, como advogados, não temos autorização para falar situações que já estão informadas nos autos. Estamos abertos a falar qualquer situação que se refere ao processo. São situações que não são agradáveis - diz Cipriani.

Tão logo o colega encerrou a fala, Seligman emendou o porquê disso:

- Ele é uma pessoa conhecida na cidade. Desde que o episódio aconteceu, ele se resguardou, passou a conviver no núcleo familiar e não aparecer. Tanto que ele foi o único dos réus que nunca deu entrevista, nunca fez questão de dar sua versão.

O compromisso do réu com a Justiça é reforçado pelos advogados. A presença dele no júri também foi reiterada.

- Sempre que chamado no Poder Judiciário, ele esteve presente. Estará no dia de abertura da sessão plenária. E falará aos jurados e presentes. Vai dar suas alegações, que são necessárias. E terá sua fala explicada ao mundo todo - diz Cipriani.

Questionados sobre como Mauro acompanha o processo e se lê comentários sobre o caso em redes sociais, Cipriani voltou a repetir que não tem conhecimento sobre as atividades pessoais do cliente. Seligman, contudo, garante que Mauro não é alheio aos trâmites.

- Ele acompanha o andamento do processo. Ele sabe tudo que acontece no processo, estuda, participa e discute os rumos da defesa - fala.

Cipriani, então, completa:

- Aquilo que é divulgado em redes sociais sobre o processo, nós também acompanhamos. E sempre estamos em constante diálogo.

Seligman retoma outra vez à questão de não divulgar informações do cliente.

- Não tratamos questões pessoais com ele. Tratamos questões relacionadas ao processo.

A responsabilidade do incêndio é colocada como resultado de uma "sucessão de fatores" pela defesa. Outro argumento é que nem todos os que deveriam estão no banco dos réus.

- Evidentemente que tem responsabilidades de quem acende um equipamento desses, tem responsabilidade eventualmente os rumos que foram tomados ao longo de todos os anos. O poder público tem responsabilidade muito forte. O que nos lamenta muito é não vemos os demais envolvidos respondendo por isso. Há pessoas que foram preservadas. Digo mais: blindadas - defende Seligman.

O papel de Mauro como investidor da Kiss é relembrado por Cipriani. O advogado reitera que tudo deve se resolver no plenário do júri.

- O Mauro nunca fugiu das responsabilidades. Ele se apresentou na delegacia, mesmo sabendo que já existia um mandado de prisão. Não evitou essa circunstância, deu a declaração, que é verdadeira. A responsabilidade do Mauro está restrita a ser um investidor. Se isso o coloca na situação de acusado, infelizmente, o que entendemos que é indevido, será mais uma vez provado e comprovado no plenário. E isso foi também soberanamente dito por inúmeras testemunhas e pelo próprio Kiko. Ele sente muito, compreende toda a situação e se solidariza, pede perdão. É um acidente de grandes proporções, cujos responsáveis são vários, e talvez os maiores não estejam respondendo neste caso - defende Cipriani.

Ao falar sobre as outras defesas dos réus do caso, Cipriani retoma a brevidade para dizer que cabe a cada uma cuidar das próprias alegações. Segundo ele, os representantes se resguardam em fazer a defesa de Mauro. Seligman ainda completa para falar sobre o dolo da acusação.

- Me parece bastante claro, nesses quase nove anos, que nenhum deles tenha previsto o resultado e aderido à realização disso, de que o dolo eventual consiste. Não nos parece que nenhum deles tenha assumido o risco de produção dessa tragédia - finaliza o advogado.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Studio Méliès (Divulgação)
Elissandro Spohr falou apenas por texto via assessoria do advogado que o representa

Pela primeira vez depois do incêndio, Elissandro Spohr fala ao Diário
A assessoria do advogado Jader Marques, que representa Elissandro Spohr, condicionou a entrevista a que o texto fosse publicado sem alterações. Por e-mail,o réu respondeu perguntas enviadas previamente. Esta é a primeira entrevista concedida por Elissandro ao Diário sobre o caso. Aos 38 anos, Elissandro, o Kiko, conta que sua rotina se resume em trabalhar, levar as filhas à escola e ficar em casa, em Porto Alegre, onde reside. Vacinado contra a Covid-19, ele trabalha com compra e venda de pneus e revela que segue afastado das redes sociais desde 2013.

A entrevista a seguir está na íntegra. Apenas foram acrescentadas informações, entre parênteses, para melhor compreensão de alguns fatos citados.

Diário - Para o senhor, de quem é a culpa pelo incêndio?

Elissandro Spohr - É preciso ficar muito claro que nunca fugi das minhas responsabilidades. Assim como não fugia das minhas obrigações antes do acontecimento. Eu era um empresário que confiava no poder público e honrava todas as guias de impostos. E da noite para o dia, passei a ser acusado de tirar a vida de muitas pessoas propositalmente. Pessoas que eram minhas amigas e por muito pouco eu mesmo, a minha a mulher e a minha filha não morremos. Por que eu faria isso de propósito? Os pais de frequentadores menores de idade iam até a boate para saber como funcionava para os filhos assistirem aos shows. Além de sempre orientar que não poderiam entrar sem a presença de um responsável, nós mostramos todas as medidas de segurança: as luzes, os extintores, as reformas que nos mandaram fazer e especialmente todos os alvarás pendurados nas paredes. Aqueles papéis estavam ali para afirmar para mim e para meus clientes que a minha boate era segura. Por que antes do incêndio ninguém disse que a Kiss era perigosa? Por que os agentes públicos que entraram lá não avisaram? Por que recebi todos os alvarás? Por que o MP, que é a maior autoridade de controle, mandou fazer uma reforma que terminou numa tragédia? Quem deixou a Kiss funcionar tem culpa e deveria estar comigo lá no julgamento.

Diário - O incêndio é a maior tragédia do Estado. Como é ser réu neste caso?

Elissandro - É horrível. Eu não comprei a Kiss para matar ninguém. Até mesmo falar com o Diário de Santa Maria é estranho. Sempre dei entrevista para esse jornal para falar de empreendedorismo e de alegria. Agora preciso falar sobre essa situação dolorosa. Mas eu ainda sou o Kiko. Aquele cara que qualquer pessoa tinha o telefone para pedir ingresso. Aquele que todo mundo abraçava e chamava de amigo. Aquele jovem que antes era convidado e bem-vindo, mas que agora precisa montar um esquema de segurança para conseguir sair de casa. Ser réu, ser considerado um assassino, tudo isso é horrível. Especialmente porque eu tinha certeza que estava fazendo tudo certo. De um dia para o outro eu virei um monstro. Eu vivo o dia 27 de janeiro todos os dias. Faria o possível e o impossível para que nada daquilo tivesse acontecido. Santa Maria tinha lugares muito mais perigosos que a Kiss que ficaram abertos anos. Acredito que muita gente lembra da estrutura da boate do DCE. As pessoas faziam festa lá, mas nunca se sentiam seguras. Os frequentadores sempre comentavam sobre a falta de estrutura de escape e de iluminação adequada. O que aconteceu na Kiss foi um choque de realidade. Descobri que não se pode confiar no Poder Público e que é fundamental para um empresário desconfiar se está tudo certo de fato mesmo com todos os alvarás, mas eu soube disso da pior maneira. Desde o primeiro dia após o incêndio, estou disponível para dar todas as informações. Eu sempre assumi minhas responsabilidades e a minha culpa. Porque eu tenho responsabilidade sim, por ter acreditado na prefeitura, nos Bombeiros e especialmente no Ministério Público. Culpa por acreditar que um papel pendurado na parede e guias caríssimas pagas deixavam o meu estabelecimento seguro para eu trabalhar e receber meus clientes, amigos e familiares Eu não tive intenção de matar ninguém. Eu não comprei uma arma, eu comprei uma boate pronta, com todos os documentos e fui submetido a um TAC (termo de ajuste de conduta). A boate sofreu dois TACs. Com o antigo dono e comigo. Por que não fecharam? Porque tudo que eles mandavam era feito. Tudo. Exatamente tudo. Eles entravam pelas mesmas portas, com a mesma iluminação, com os mesmos extintores e me diziam: está tudo certo. Eu quero responder tudo que for da minha responsabilidade. Repito isso há quase nove anos. Mas quero saber qual a resposta que o poder público vai dar para a sociedade gaúcha além de escolher quatro culpados. Porque depois da Kiss, o Mercado Público de Porto Alegre pegou fogo. A Secretária Estadual de Segurança pegou fogo. O hospital federal Bonsucesso pegou fogo no Rio de Janeiro. O Museu Nacional pegou fogo. Um dos depósitos do Detran-RS acabou de incendiar esta semana. Entendo que muita gente quer se sentir vingado, entendo mesmo. É a dor de quem perde. Mas o júri é sobre justiça e não haverá justiça se somente quatro pessoas forem culpadas por um erro cometido por muitas pessoas com cargos públicos e seus altos salários e mordomias. A mesma mão que abriu a porta da boate para funcionar, agora grita aos quatro ventos para me acusar. A sociedade precisa escolher se quer vingança ou justiça. Dia 1º estarei mais uma vez disposto a falar e assumir toda minha responsabilidade. E o promotor (Ricardo) Lozza? Vai aparecer?

Nota da Redação - A última resposta de Elissandro foi dada antes de o promotor de Justiça Ricardo Lozza confirmar a presença no júri. Ele foi convocado como testemunha justamente pelo advogado Jader Marques.

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